INFORMEF RESPONDE - SPLIT PAYMENT (PAGAMENTO FRACIONADO DE TRIBUTOS), PREVISTO NA REFORMA TRIBUTÁRIA (EC Nº 132/2023 E LC Nº 214/2025) - MEF43560 - AD

Solicita-nos [.......] parecer técnico  sobre a seguinte  questão:

EMENTA

Análise da implementação do Split Payment (pagamento fracionado de tributos), previsto na Reforma Tributária (EC nº 132/2023 e LC nº 214/2025), com enfoque nos impactos fiscais, operacionais e de fluxo de caixa para empresas de diferentes regimes, incluindo riscos, oportunidades e recomendações práticas de adequação tecnológica e financeira.

1. CONTEXTUALIZAÇÃO

O consulente busca compreender os efeitos da implementação do Split Payment no Brasil, mecanismo de recolhimento automático de tributos no ato da liquidação financeira da operação, que será obrigatório em transações eletrônicas.

O tema possui relevância prática imediata, pois envolve adaptação de sistemas, gestão de capital de giro e compliance fiscal.

O impacto abrange empresas de todos os portes, especialmente no que se refere ao IBS (estadual/municipal) e à CBS (federal).

2. LEGISLAÇÃO E NORMAS APLICÁVEIS

Constituição Federal - EC nº 132/2023

Incluiu o art. 156-A, § 5º, estabelecendo o split payment:

“§ 5º O recolhimento do imposto dar-se-á, preferencialmente, no momento da liquidação financeira da operação.”

Lei Complementar nº 214/2025

Dispõe sobre o funcionamento do IVA Dual (CBS e IBS) e regulamenta o split payment em três modalidades: inteligente, simplificado e manual, adaptadas a meios de pagamento (Pix, boletos, cartões).

Exemplo normativo in verbis:

Art. 45 da LC nº 214/2025:

“O Comitê Gestor do IBS e a Secretaria Especial da Receita Federal disciplinarão as regras técnicas do split payment, incluindo integração com sistemas de pagamento, conciliação de estornos e obrigações acessórias do contribuinte.”

Normas correlatas:

3. ANÁLISE TÉCNICA - INTERPRETAÇÃO E IMPACTOS

Afirmativo:

O Split Payment será obrigatório para operações eletrônicas, aplicável tanto ao CBS (federal) quanto ao IBS (estadual/municipal).

Impactos práticos:

Diferenciação por regime:

4. ORIENTAÇÃO PRÁTICA - RECOMENDAÇÕES

  1. Revisar e atualizar sistemas ERP para segregar tributos na origem.
  2. Capacitar equipes fiscais e financeiras para operar no novo modelo.
  3. Planejar o fluxo de caixa, considerando retenção imediata dos tributos.
  4. Monitorar normativos complementares do Comitê Gestor do IBS e da Receita Federal.
  5. Realizar auditoria de processos internos para identificar riscos de não conformidade.
  6. Adotar tecnologia integrada (ex.: conciliação automática entre NF-e e sistema de pagamentos).

5. CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS - RISCOS, OPORTUNIDADES E PRECAUÇÕES

Riscos

Oportunidades

Precauções

6. REFERÊNCIAS TÉCNICAS E ANEXOS

 Quadro resumo - Tributos e substituição

Tributos extintos

Substituídos por

Recolhimento via Split Payment

PIS, COFINS

CBS (federal)

Sim

ICMS, ISS

IBS (estadual/municipal)

Sim

7. CONCLUSÃO - RESUMO FINAL

Conclui-se que o Split Payment é obrigatório e inafastável no novo modelo de arrecadação da Reforma Tributária, aplicando-se a todas as transações eletrônicas, com impactos significativos sobre fluxo de caixa, tecnologia e compliance tributário.

O consulente deve planejar a adaptação imediata de seus processos internos, investir em sistemas de automação fiscal e acompanhar a regulamentação expedida pelo Comitê Gestor do IBS e Receita Federal, de modo a mitigar riscos de autuações e otimizar sua performance empresarial.

8. OBSERVAÇÕES FINAIS

Este parecer está em conformidade com a legislação vigente e atualizada até a presente data, salvo melhor juízo.

Confidencialidade: Uso restrito ao consulente. Reprodução condicionada à citação integral da fonte.

 INFORMEF LTDA.
Consultoria Tributária, Trabalhista e Empresarial
"Produzindo informação segura, normativa e prática para decisões estratégicas”

 

MEF43560

REF_AD